Em Camsai, quatro Frades Menores conseguiram converter à nossa fé um homem influente, em cuja casa eu estava hospedado. Ele me dizia muitas vezes: "Ata", isto é, "Padre, quer vir ver a terra?" Eu dizia sempre que sim. Assim, um dia, metemo-nos num barco e dirigimo-nos para um dos grandes mosteiros da região. Enquanto navegávamos, este homem chamou um dos monges e disse: "Estás a ver este rabino, ou seja, este homem religioso? Veio de onde o sol se põe e vai a caminho de Cambalech para rezar pela vida do Grande Khan. Mostra-lhe algo que ele possa considerar milagroso e que possa contar como uma coisa espantosa que viu em Camsai". O monge respondeu que teria todo o gosto em mostrar-me algo novo.
Rapidamente, o monge pegou em dois grandes baldes cheios com os restos da comida e abriu a porta de um jardim onde entrámos. Aí vi uma pequena colina cheia de árvores frondosas. Enquanto estávamos no jardim, o monge começou a tocar um címbalo. Ao som, um grande número de animais, parecidos com macacos e outros com rosto humano, desceram do mato. Enquanto os observávamos, cerca de três mil animais juntaram-se ordenadamente à volta deles. Depois, o monge colocou a comida à frente deles e, de forma ordenada, deu-lhes de comer. Depois de comer, voltou a tocar o címbalo e todos os animais regressaram aos seus lugares.
Ao ver isto, não pude deixar de me rir e perguntei-lhe: "Diz-me, o que significa tudo isto?" Ele respondeu: "Estes animais são as almas de homens nobres que alimentamos por amor de Deus". Ao que eu respondi: "Não são almas, são apenas animais". Mas ele insistiu: "Não, não são meros animais. São as almas dos homens nobres. Quando um homem nobre morre, a sua alma entra num desses animais nobres, enquanto as almas dos homens rústicos habitam criaturas vis". Embora eu pudesse ter discutido mais com ele, sabia que ele não mudaria sua crença.
Se alguém tentasse descrever a grandeza desta cidade e as coisas maravilhosas que nela se encontram, um registo comercial não seria suficiente para conter toda essa informação, pois esta terra é a mais próspera, grande e nobre para o comércio em todo o mundo.
Em Camsai, quatro Frades Menores conseguiram converter à nossa fé um homem influente, em cuja casa eu estava hospedado. Ele me dizia muitas vezes: "Ata", isto é, "Padre, quer vir ver a terra?" Eu dizia sempre que sim. Assim, um dia, metemo-nos num barco e dirigimo-nos para um dos grandes mosteiros da região. Enquanto navegávamos, este homem chamou um dos monges e disse: "Estás a ver este rabino, ou seja, este homem religioso? Veio de onde o sol se põe e vai a caminho de Cambalech para rezar pela vida do Grande Khan. Mostra-lhe algo que ele possa considerar milagroso e que possa contar como uma coisa espantosa que viu em Camsai". O monge respondeu que teria todo o gosto em mostrar-me algo novo.
Rapidamente, o monge pegou em dois grandes baldes cheios com os restos da comida e abriu a porta de um jardim onde entrámos. Aí vi uma pequena colina cheia de árvores frondosas. Enquanto estávamos no jardim, o monge começou a tocar um címbalo. Ao som, um grande número de animais, parecidos com macacos e outros com rosto humano, desceram do mato. Enquanto os observávamos, cerca de três mil animais juntaram-se ordenadamente à volta deles. Depois, o monge colocou a comida à frente deles e, de forma ordenada, deu-lhes de comer. Depois de comer, voltou a tocar o címbalo e todos os animais regressaram aos seus lugares.
Ao ver isto, não pude deixar de me rir e perguntei-lhe: "Diz-me, o que significa tudo isto?" Ele respondeu: "Estes animais são as almas de homens nobres que alimentamos por amor de Deus". Ao que eu respondi: "Não são almas, são apenas animais". Mas ele insistiu: "Não, não são meros animais. São as almas dos homens nobres. Quando um homem nobre morre, a sua alma entra num desses animais nobres, enquanto as almas dos homens rústicos habitam criaturas vis". Embora eu pudesse ter discutido mais com ele, sabia que ele não mudaria sua crença.
Se alguém tentasse descrever a grandeza desta cidade e as coisas maravilhosas que nela se encontram, um registo comercial não seria suficiente para conter toda essa informação, pois esta terra é a mais próspera, grande e nobre para o comércio em todo o mundo.
